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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

LÍNGUA SOLTA
‘Eles brigam e estoura no meu’, reclama Roberto França

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Ex-diretor da Agecopa diz que extinção da autarquia passou por cima da lei criada pelo próprio Governo do Estado com aprovação da Assembleia Legislativa e rebate críticas de que havia cabide de emprego




PAULO COELHO  (Hipernotícias)


Mayke Toscano/Hipernotícias

A briga de Eder Moraes e Carlos Brito na Agecopa, além de ter sido crucial para a extinção da autarquia e criação da Secopa, foi altamente prejudicial especialmente para o ex-diretor de Comunicação e Marketing da Agência, Roberto França.

“Eu nunca briguei lá dentro, pelo contrário, apartava briga, mas aí eles brigam e ‘estourou’ no meu”, reclamou França, depois de se filiar ao DEM, alegando ainda que não merecia ter passado por essa situação.
Além desse aspecto, Roberto França acrescentou que a lei da Agecopa foi desrespeitada, já que a previsão era de um mandato de quatro anos, o que foi interrompido na metade desse tempo.
“A Assembleia me designou e eu fui para cumprir uma missão, sou filho de Cuiabá, eu estava com mandato e podia disputar a reeleição para deputado estadual com chances de me reeleger e aí, mudei minha maneira de viver, minha rotina e projeto de vida e eles acabam com a Agecopa e me prejudicam com essa atitude”, desabafou, ponderando ter sido a favor da extinção da Agecopa, já que a previsão é que se economize anualmente até R$ 5 milhões por ano.
Por outro lado, a extinta autarquia “se era cabide de emprego não fomos nós que criamos e sim o próprio governo com o aval da Assembleia que sabia de tudo, o que não justifica deputado vir criticar o cabide de emprego sendo que eles mesmos aprovaram”, emendou.
Mesmo se dizendo lesado pelas ações do governo quanto à Agecopa, França também alegou que não vai processar o Estado.
“Não faço o jogo do quanto pior, melhor, vou deixar do jeito que está, quero o bem de Cuiabá e já avisei que aquilo que puder ajudar, mesmo de fora, com minha experiência eu ajudarei”, completou.
RECADOS
Durante o discurso de filiação ao DEM, Roberto França foi categórico ao usar o tema lealdade (ou a falta dela) em situações hoje bem pertinentes ao discurso do DEM de Mato Grosso, especialmente em Várzea Grande.
O ex-prefeito cuiabano alegou ter sofrido muitas apunhaladas pelas costas e por isso preferiu se filiar ao DEM de Jaime e Júlio Campos, “amigos de infância”.
Já o senador Jaime Campos também fez uma indireta que ao empresário Mauro Mendes, pré-candidato do PSB à prefeitura de Cuiabá no ano que vem.
“Cuiabá não quer prefeito para trampolim político”, enfatizou.

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