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domingo, 28 de setembro de 2014

Empresa de Fernando Mendonça é suspeita de tirar dinheiro do país

Fonte: A Gazeta
Investigada na operação Ararath com suspeita de lavagem de dinheiro, a empresa Global Participações Empresarias pode estar envolvida em remessas ilegais de dinheiro para o exterior, conforme indícios apontados em um relatório do dia 14 fevereiro deste ano da Polícia Federal. Um dos sócios da Global é o empresário Fernando Mendonça, investigado pelas relações com o empresário Junior Mendonça, pivô da Ararath. Além dele, também é sócia da empresa Ariane Victor de Matos Mendonça, filha de Fernando e funcionária do gabinete do senador Pedro Taques (PDT).
Conforme as investigações da PF, cinco pessoas controlavam quatro empresas distintas. São elas Fernando Mendonça, Ariane Mendonça, Raquel Souza Ferreira Rodrigues Mendonça, Leonardo Rodrigues Mendonça e Wesley Mendonça Batista. As empresas são Elany Tradin LLC, Avel Group LLC, Global Participações e Confiança Participações.
Segundo a Polícia Federal, a composição jurídica que figurou como sócias da Global, quando da sua fundação são a Elany Tradin LLC e a Avel Group LLC, ambas estrangeiras e localizadas no mesmo endereço em Nevada, nos Estados Unidos. Porém, na Receita Federal não há registros de sócios e o procurador das empresas foi identificado com o CPF 000.000.001-91. Este número é dado para os contribuintes sem cadastro de pessoa física.
A Elany e a Avel foram registradas no Brasil nos dias 23 de janeiro e 01 de fevereiro de 2006. A data é próxima da abertura da Global Participações Empresariais LTDA, que foi aberta em março do mesmo ano. A Confiança Participações também teve a Elany e a Avel como participantes do quadro societário. O que se observa é que sempre que uma dessas empresas se retirava da sociedade, era encaixada uma das 5 pessoas do possível esquema. Um exemplo: Raquel Souza Ferreira Rodrigues Mendonça foi incluída no quadro de sócios da Global Participações em 17 de outubro de 2007. Nesta data, havia saído da sociedade a Elany Trading LLC, enquanto Ariane começou a fazer parte da empresa em dezembro de 2008, quando a Avel se retirou.
De acordo com a PF, as empresas Elany e Avel foram criadas nos Estados Unidos em 13 de outubro de 2005, possuem o mesmo representante legal, no caso a MF Corporate, sediada nos Estados Unidos, e são gerenciadas pela Camille Service S.A, empresa localizada no Panamá, conhecido paraíso fiscal. Nestas investigações, a Polícia Federal aponta que o empresário Wesley Mendonça Batista foi administrador e procurador da Global, da fundação até o ano de 2008. Além disso, ele foi procurador da Confiança Participações Empresariais Ltda. Hoje, Mendonça Batista é diretor-presidente do grupo JBS-Friboi, citado no próprio inquérito como uma das maiores empresas mundiais de produção e processamento de proteína animal.
Existem indícios de que as empresas investigadas eram utilizadas para lavar dinheiro levantado através de operações diversas realizadas por Fernando Mendonça em parceria com Junior Mendonça. A legalização deste dinheiro ocorria por meio da remessa ilegal para o exterior.  Em um dos depoimentos prestados em delação premiada, Junior Mendonça chega a citar que o esquema de lavagem de dinheiro, que tinha como personagens políticos de Mato Grosso, utilizava contas no Panamá. Inclusive, afirmou que o secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, havia ido ao país a mando do governador Silval Barbosa (PMDB). O secretário nega e diz que já esteve no Panamá, porém numa missão do Sebrae, há aproximadamente 6 anos.
Embora não tenha sido em momento algum citado nas investigações com qualquer envolvimento na operação, a relação do empresário Fernando Mendonça, por ser doador da campanha do senador Pedro Taques (PDT) em 2012 tem sido recorrente. O parlamentar liderada a corrida ao governo de Mato Grosso pelo bloco de oposição. Fernando Mendonça e a JBS são considerados os maiores doadores da campanha de Taques. Além disso, a filha de Mendonça é funcionária do gabinete do pedetista. Para o parlamentar, que defende as investigações, não existe problema algum na contratação de Ariane Victor de Matos Mendonça. Inclusive o fato dela ser sócia da empresa não foi impedimento à nomeação no Senado.

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