Ex-mulher de Junior Mendonça sugere que esposa de financiador de Pedro Taques tem ‘coisas a contar’
Patrimônio de maior financiador de Pedro Taques aumentou cinco vezes
Kharina Nogueira diz que Fernando Mendonça é beneficiário do esquema do seu ex-marido | Foto: ArquivoAs revelações da colunista social Kharina Nogueira sobre as atividades do seu ex-marido, Gércio Mendonça Junior, o Junior Mendonça, estão provocando a descoberta de um dos esquemas mais fenomenais de lavagem e desvio de dinheiro público, supostamente usados em campanhas eleitorais, através de esquema de ‘caixa 2’, compra de vaga no Tribunal de Contas, enriquecimento ilícito, pagamento de propinas, entre outros. E tem muito mais coisas por vir por ai. Quem garante é a própria Kharina Nogueira – que agora assinada Kharina Peres.
E o que ainda tem escondido por trás dos meandros das relações pouco republicanas que Kharina acredita existir parecem ser ainda mais dilacerantes do ponto de vista político, com interferência eleitoral direta, que aquilo que já se sabe. À coluna Panorama, da revista Veja, que começou a circular neste final de semana, Kharina incentiva a ‘ainda’ mulher de Fernando Mendonça, Patricia Toledo, a contar tudo que sabe.
Kharina Nogueira diz que Fernando Mendonça é beneficiário do esquema do seu ex-marido – envolvido e enfatiza que o patrimônio da Patrícia quintuplicou. Ela, Patricia Toledo, seria, segundo a colunista, uma das mulheres que gostaria que tomasse a mesma atitude sua e 'abrisse' a boca.
O empresário é sócio de uma cadeia de supermercados atacadistas, o Atacado Mendonça. Ele doou, por meio da Vale Formoso Distribuição Ltda., R$ 230 mil para a campanha do senador Pedro Taques ao Senado. O empresário era presidente do PDT e mantém uma filha empregada no gabinete do senador pedetista, virtual candidato ao Governo do Estado. Em fevereiro, ele foi alvo de busca e apreensão em sua casa e uma de suas empresas.
Entre outras operações identificadas como ilícitas pela PF está uma nota promissória de R$ 4,4 milhões em favor de uma das empresas de Mendonça, assinada por Eder Moraes, que foi secretário de Fazenda, apontado como o principal operador do esquema.
Na entrevista, Kharina conta a vida de luxo e ostentação que viveu ao lado de Junior Mendonça, hoje delator do esquema que envolve políticos, advogados e empresário. “Viajávamos a cada dez dias. Cheguei a fazer uma compra na Daslu de 100 000 reais. Contas de restaurantes não saíam por menos de 3 000 reais” - disse.
Na entrevista, Kharina conta a vida de luxo e ostentação que viveu ao lado de Junior Mendonça, hoje delator do esquema que envolve políticos, advogados e empresário. “Viajávamos a cada dez dias. Cheguei a fazer uma compra na Daslu de 100 000 reais. Contas de restaurantes não saíam por menos de 3 000 reais” - disse.
Kharina disse que decidiu contar tudo que sabia a Policia depois de ouvir ligações em que ele pedia ou repassava cifras milionárias. “Quis entender e ele disse para não me meter e me ameaçou de morte. Eu o denunciei quando consegui juntar provas” – acrescentou, descartando qualquer comparação com Rosane Collor, ex-mulher do presidente Fernando Collor de Mello, a quem também provoca: “Rosane ficou com o dela, né? Processou o ex-marido e levou parte do patrimônio. Antes de me casar, os bens do Júnior já estavam no nome de um tio. Minha situação financeira é péssima”.
Kharina garante que se casou por amor. Na época, Junior Mendonça tinha duas lojas de venda de pneus. “E, quando pedi a separação, ainda o amava. Mas ele mentiu para mim todo o tempo, pois estava envolvido em processos ilícitos” – explicou.
Ela destacou o esquema de agiotagem do ex-marido para lavar dinheiro. Deu alguns detalhes de como funcionava o esquema: “Eu te dou 500 milhões a 1,5% de juros ao mês e você repassa aos seus clientes a 10% ao mês, mas me devolve o valor a 1,5%. Ele também abriu empresas hoje acusadas de ser bancos clandestinos. Senadores e deputados estão envolvidos” – garante.
“Júnior escondia tudo de mim. Nem telefone fixo havia em casa. As transações ilícitas dele com os capangas eram só via celular” – disse a colunista social, que agora trabalha apenas com mídias sociais, após ser demitida de um jornal em que, segundo ela, o ex-marido repassava uma quantidade de dinheiro todos os meses.
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