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domingo, 28 de setembro de 2014

Maior doador do senador Taques opera esquema, diz PF

O "Estado de São Paulo" diz que Fernando Mendonça foi responsável por 20% da arrecadação de Pedro Taques
Foto: Agência Senado
O senador Pedro Taques, que recebeu dinheiro de empresário investigado pela Polícia Federal
A Operação Ararath, da Polícia Federal, continua a repercutir na imprensa nacional. Reportagem do jornal "O Estado de S.Paulo", neste domingo (25), relatou a relação entre um dos alvos da PF, o empresário Fernando Mendonça, e o senador Pedro Taques (PDT), pré-candidato ao Governo de Mato Grosso.
Em sua campanha ao Senado, em 2010, Taques recebeu de Mendonça R$ 230 mil - o equivalente a 20% de toda a sua arrecadação. O jornal cita na reportagem que Taques mantém empregada, em seu gabinete, uma filha do empresário investigado.
Confira a reportagem do "Estadão":
Maior doador de senador opera esquema, diz PF
Polícia Federal investiga movimentações financeiras de Fernando Mendonça, responsável por 20% da arrecadação de Pedro Taques
FERNANDO GALLO O ESTADO DE S.PAULO
O empresário Fernando Mendonça, maior financiador da campanha do senador Pedro Taques (PDT-MT) em 2010, é apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos operadores do suposto esquema de lavagem de dinheiro que teria abastecido campanhas eleitorais em Mato Grosso.
"Uma filha de Mendonça, Ariane Victor de Matos Mendonça, é funcionária do gabinete de Taques no Senado. Ela trabalha, segundo o senador, no “núcleo de comunicação”, onde faz assessoria e opera as redes sociais do mandato parlamentar. "

Mendonça é sócio de uma cadeia de supermercados atacadistas e presidia o PDT no Estado até o fim do ano passado. Uma filha dele é funcionária do gabinete de Taques no Senado.

O empresário doou, por meio da Vale Formoso Distribuição Ltda., razão social do Atacado Mendonça, R$ 230 mil para a campanha de Taques ao Senado.
O valor representa 20% do total de R$ 1,1 milhão doado ao parlamentar em 2010, e faz de Mendonça o maior doador de campanha. Hoje pré-candidato ao governo estadual, Pedro Taques não é investigado na Operação Ararath, que apura lavagem de dinheiro e operação financeira clandestina.

Mendonça, sim, é investigado. Em fevereiro, ele foi alvo de busca e apreensão em sua casa e uma de suas empresas.

Entre outras operações identificadas como ilícitas pela PF está uma nota promissória de R$ 4,4 milhões em favor de uma das empresas de Mendonça (Comércio Regional de Alimentos), assinada por Eder Moraes, que foi secretário de Fazenda do governo Blairo Maggi (PR) e é apontado como o principal operador do esquema. Moraes foi preso na terça-feira, e está no presídio da Papuda, em Brasília.

A nota era datada de 14 de maio de 2010, com vencimento em 30 de junho. Lembrando tratar-se de “pleno ano eleitoral”, a PF anotou: “Trata-se de uma operação financeira de grande vulto realizada de forma clandestina com o uso, inclusive, da fachada da empresa do ramo atacadista. Eis um entre tantos indícios de que Fernando Mendonça França é um dos operam instituição financeira clandestina no Estado”.
Fernando Mendonça (de camisa verde) posa ao lado de Pedro Taques no diretório do PDT

No fim de 2013, Mendonça afastou-se da direção partidária. À época, Taques afirmou que a atitude não guardava nenhuma relação com a Operação Ararath, e sim com mudanças em diretórios do PDT em todo o Estado de Mato Grosso.

Uma filha de Mendonça, Ariane Victor de Matos Mendonça, é funcionária do gabinete de Taques no Senado. Ela trabalha, segundo o senador, no “núcleo de comunicação”, onde faz assessoria e opera as redes sociais do mandato parlamentar.

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