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domingo, 28 de setembro de 2014


"Tenho medo de morrer", diz jornalista que denunciou Taques

José Marcondes assinou artigo no qual denuncia ligação de senador com chefões de postos



O jornalista José Marcondes (Muvuca) disse hoje (24) ao RepórterMT que está com medo de morrer por conta da denúncia que fez, em artigo, contra o senador Pedro Taques, ao qual associou a uma suposta “máfia dos combustíveis”.  Eu recebi um telefonema hoje,  de pessoa não identificada me ameaçando. “Cuidado com o que você fala, dizia".
 
Muvuca informou que já sofreu a primeira represália hoje, por conta da denúncia. “Houve uma ligação de Aldo Locatelli (presidente do Sindipetróleo) para me tirar do programa da Rádio Mega FM, no qual eu participo com Lino Rossi, o Chamada Geral”, disse.
 
O jornalista contou que recebeu ligação de Rossi, no mesmo dia em que publicou o artigo, informando do afastamento. Para o jornalista, a represália configura, ainda mais, a relação por ele destacada em artigo -Clique e leia o artigo na íntegra - “Eu fui tirado do ar em função de uma opinião que emiti, mas não vão me calar, tudo o que eu sei, vou falar. Tudo o que aconteceu configura a ligação entre os dois [Aldo e Taques], porque eu fiz um artigo criticando o Taques e o Aldo Locatelli, que tem laços com o programa, mandou que me tirassem do ar”, avaliou.  
 
Muvuca argumenta que, no artigo, não cita nomes a não ser de Taques e, pela reação imediata que houve, diz temer pela vida. “O Juiz Leopoldino morreu fazendo o que eu fiz, ligando os pontos e fazendo associações, como a que liga a existência dessa relação de Taques, que "combate" a corrupção, com a máfia dos combustíveis. Agora o Taques quer me denunciar por calúnia e difamação e eu quero que ele explique o contrato que tem com o Locatelli”, diz.
 
O jornalista disse que Taques possui, através de seu escritório, um contrato de R$ 1 milhão para defender o Sindipetróleo. “Quem financiou a campanha dele foram os chefões do combustível. Ele impediu a construção de outros modais de transporte para beneficiar os vendedores de combustíveis, que, só no ano passado, comercializaram mais de 800 milhões de litros em MT”, contou.
 
“A primeira prova disso veio ontem, porque a ordem para me tirar [do rádio] veio de Locatelli. Depois tem esse contrato do escritório de Taques com o Sindicato. Não vão me calar, tenho outros nove artigos escritos e tenho medo de morrer sim, porque com o juiz Leopoldino foi assim, mas eu não tenho proteção. Hoje tiram minha voz, amanhã tiram minha vida. O Locatelli é o chefe de tudo isso”, acusou.
 
Além da suposta ligação de Taques com a chamada máfia dos combustíveis, José Marcondes, acusou Taques de prevaricar enquanto promotor, no processo de extradição de Marcos Peralta, testemunha-chave no caso Leopoldino. “O processo estava na mesa dele e ele não fez o que devia e o Peralta foi morto numa queima de arquivo. Auro Ida (assassinado) já havia questionado isso”, lembrou.
 

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